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juliana4778

TENDÊNCIA DE CUSTO DE OBRA


Quando se fala de gerenciamento de projetos, entre todos os profissionais e steakholders, rapidamente temos uma resposta de que a busca diária é por atender o tripé: Prazo, Custo e Qualidade do produto.


O Objetivo do gerenciamento de projetos é entregar a obra no menor prazo, com o menor custo, para conseguir o máximo lucro em menor tempo, garantir a segurança e durabilidade do produto, minimizar os custos pós obra, além de se manter concorrente no mercado.


De fato, essa é a definição que sintetiza a necessidade do mercado pelo gerenciamento de obra e é a que encontraremos na bibliografia do reconhecido Manual de Gerenciamento de Projetos, o PMBOK.


Partindo da concordância, entre autores e profissionais da construção, de que se deve ter o chamado gerenciamento de projetos aplicado dentro de suas empresas e obras, é que elaboramos esse artigo sobre um dos itens do Método EAP de Controle de Custos da Obra, chamado Tendência de Custo de Obra.


O gerenciamento de um projeto é composto pelas etapas desde o estudo de viabilidade, orçamento, planejamento e acompanhamento. No método EAP a Tendência de Custo é o principal controle aplicado a etapa de acompanhamento do custo da obra.


A Tendência de Custo é uma maneira mais completa e eficiente de avaliarmos o custo da obra e sua projeção. Além de acompanhar os custos já gastos, neste controle consegue-se projetar o resultado da obra a cada nova contratação.


Esse controle leva em consideração o Custo Pago (incorrido), o Custo a Pagar (despesas em processo de pagamento), a Previsão de Gastos (previsão e saldos de pedidos e contratos), o valor Contratado (total de contratos e pedidos), além do valor de Orçamento. Isto tudo avaliando linha a linha do orçamento.


Para a elaboração desse controle é necessário buscar no software de gestão da sua empresa (ERP - Enterprise Resource Planning) relatórios contendo contas pagas e a pagar, contratações e valor orçado. Quando já há maturidade na empresa um controle mais moderno e seguro é utilizar Business Intelligence para conectar estes dados do sistema e apresentar em dashboards que serão atualizados diariamente.


Em posse dessas informações, é possível fazer o cálculo da Tendência de Custo. A Tendência de Custo poderá ter um dos dois valores descritos a seguir, sendo eles:

i. Orçado = Valor de Orçamento para o caso de itens ainda não estão contratados ou contratados parcialmente.

ii. Contratado = Valor da soma do Custo Incorrido, Custo a Pagar, Custo Pago e a Previsão de Gastos. Este último têm uma variação que veremos a seguir.


O Método EAP sugere a adoção do Contratado como Tendência (item ii), se a soma do Contratado for maior que 85% / menor igual a 100% do valor de Orçamento. Esta adoção serve para um apontamento também de economias no decurso das contratações. Estas economias limitamos a no máximo 15% de um item.

Com os valores linha-a-linha de Tendência de Custo é possível o Cálculo do Índice Global que mostrará a projeção de estouro/economia da obra.


Este índice da Tendência Global é dado pelo valor da soma da Tendência linha-a-linha dividida pelo Orçamento da Obra. Se esse número for maior que 100% então tem-se estouro, caso contrário economia.


Quanto ao Orçamento de Obra recomenda-se a utilização do Orçamento reajustado pelo INCC (Índice Nacional da Construção Civil), pois quando um empreendedor investe em um empreendimento imobiliário, transforma em insumos de reduzida ou nenhuma liquidez. O empreendedor imobiliza seu poder de compra nos insumos da produção (cimento, aço, salário do engenheiro da obra, etc.) na exata proporção da quantidade de moeda usada para trocar pelos insumos.

Para que o poder de compra da moeda utilizada no orçamento inicial para aquisição de insumos seja mantido quando do efetivo gasto, o preço precisa levar em consideração a variação inflacionária da moeda ao longo do tempo. Isto passa a ser uma referência para o “novo custo do item de orçamento”. Visando manter o poder de compra da moeda ao longo de todo empreendimento a melhor moeda a ser utilizada para análise de empreendimentos imobiliários (real estate), é aquela que utiliza o índice setorial da construção civil, ou INCC.


A Tendência de Custo deve ser analisada mensalmente ou até semanalmente, para a verificação de possíveis desvios, como por exemplo: saldos excedentes de contratos e pedidos, itens contratados com economia maior do que 15% do valor de Orçamento, erros de apropriação, valores que estão fora do sistema e precisam ser considerados, aditivos contratuais, contingências etc.


As apropriações de custo, ou seja, a alocação de cada contratação/pagamento, cada nota fiscal paga ou cada contrato/pedido lançado, deve ocorrer nos itens corretos de orçamento para que seja possível termos números de qualidade para análise dos custos, portanto é importante o treinamento da equipe que realiza essa atividade. Estabelecer um canal de comunicação eficiente com a obra ou equipe que lança as notas fiscais ou criam os contratos/pedidos é essencial para a qualidade dos dados. Ainda assim, mensalmente sugere-se que seja feita uma análise das apropriações ocorridas no mês para verificar possíveis distorções/erros que possam aumentar a qualidade da Tendência de Custo de cada item.


Tem interesse em ver na prática?

Deixamos uma amostra navegável de uma Tendência de Custo, é só clicar no link:


Gostou?


Quer saber mais, entre em contato pelo site: EAP Engenharia | Brasil | Engenharia de Alta Performance, a equipe EAP poderá dar treinamentos sobre o assunto, como também desenvolver o Controle de Tendência para sua empresa.


Roger Brys Volz | roger@eap.eng.br

Juliana Rodrigues | juliana@eap.eng.br



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