A curva S é uma ferramenta de gestão frequentemente utilizada em projetos para acompanhar o progresso do trabalho realizado em relação ao tempo e ao orçamento. Existem dois tipos de curvas S comumente utilizadas: a curva S de avanço físico e a curva S de orçamento.
A curva S de avanço físico, também conhecida como curva S de progresso físico, é usada para visualizar o avanço real do trabalho em relação ao tempo planejado. Ela mostra a quantidade acumulada de trabalho realizado ao longo do tempo, permitindo que os gerentes de projeto identifiquem se o progresso está de acordo com o cronograma estabelecido. A curva S de avanço físico geralmente é plotada com o tempo no eixo horizontal e o trabalho realizado no eixo vertical (% acumulado ou H/homem acumulado). Ela tem o formato de uma curva em S devido à natureza típica dos projetos, onde o trabalho pode começar mais devagar, acelerar durante a fase intermediária e diminuir novamente no final.
Já a curva S de orçamento, também conhecida como curva S de custo, é utilizada para monitorar o custo real do projeto em relação ao orçamento planejado. Ela mostra a quantidade acumulada de custos incorridos ao longo do tempo, permitindo que os gerentes de projeto avaliem se o projeto está dentro do orçamento estabelecido. A curva S de orçamento é plotada com o tempo no eixo horizontal e os custos acumulados no eixo vertical. Novamente, ela assume a forma de uma curva em S devido aos diferentes ritmos de gastos durante o projeto.
Ambas as curvas S são úteis para o controle e monitoramento do progresso de um projeto.
Ao comparar as curvas reais com as curvas planejadas, os gerentes de projeto podem identificar desvios, atrasos ou problemas financeiros e tomar medidas corretivas adequadas. Além disso, as curvas S também fornecem uma visão visual do ritmo do trabalho e do custo ao longo do tempo, o que pode ajudar a equipe do projeto a planejar e priorizar as atividades futuras.
Fontes de pesquisa sobre curva S de avanço físico e de orçamento
Algumas fontes em português do Brasil que podem ser úteis para pesquisar mais sobre a curva S de avanço físico e de orçamento:
Livro "Gerenciamento de Projetos: Estabelecendo Diferenciais Competitivos" por Darci Prado - Este livro aborda conceitos e técnicas de gerenciamento de projetos, incluindo o uso da curva S de avanço físico e de orçamento. Ele oferece uma visão geral do assunto e exemplos práticos. ISBN: 9788574525984.
Artigo "Curvas S para Monitoramento de Projetos" por Carlos Magno da Silva Xavier - Publicado na Revista Brasileira de Gestão e Desenvolvimento Regional, este artigo explora o uso da curva S para monitorar projetos e apresenta um estudo de caso. Disponível em: https://www.revista.engevista.ufsc.br/artigo/curvas-s-para-monitoramento-de-projetos.
Tese de Doutorado "Estudo e Desenvolvimento de uma Curva S com Base em Dados Físicos para Controle de Projetos" por Cláudio Damacena - Nesta tese, o autor propõe uma curva S aprimorada com base em dados físicos para controle de projetos. Disponível em: https://repositorio.ufba.br/ri/bitstream/ri/19259/1/Estudo%20e%20desenvolvimento%20de%20uma%20curva%20S%20com%20base%20em%20dados%20f%C3%ADsicos%20para%20controle%20de%20projetos.pdf.
Artigo "Curvas S e de Desempenho como Ferramentas de Controle de Projetos" por Eduardo Lemos Ferreira - Publicado na Revista de Gestão e Projetos, este artigo discute o uso das curvas S e de desempenho para o controle de projetos. Disponível em: https://periodicos.ufpb.br/index.php/rgp/article/view/35390.
Essas são apenas algumas fontes disponíveis em português do Brasil que você pode explorar para obter mais informações sobre o tema da curva S de avanço físico e de orçamento. Lembre-se de sempre avaliar a qualidade e relevância das fontes encontradas para embasar seu estudo.
O que é uma curva ABC de insumos?
A curva ABC de insumos de obra é uma ferramenta de gestão utilizada na construção civil para classificar os materiais e insumos utilizados em uma obra de acordo com sua importância relativa. Essa categorização é baseada nos valores financeiros dos insumos e ajuda a priorizar a gestão e o controle dos materiais mais significativos em termos de custo.
A curva ABC classifica os insumos em três categorias principais:
Categoria A: Engloba os insumos mais relevantes em termos de valor financeiro. Esses materiais são responsáveis por uma parcela significativa dos custos totais da obra. Geralmente, são itens de alto valor, como estruturas metálicas, sistemas elétricos, vidros especiais, entre outros. A gestão desses insumos deve ser cuidadosa e rigorosa, pois eventuais problemas podem ter um impacto financeiro considerável no projeto.
Categoria B: Compreende os insumos de importância intermediária em relação aos custos da obra. Esses materiais têm um valor financeiro menor do que os da categoria A, mas ainda são relevantes para o andamento da construção. Exemplos incluem pisos, revestimentos, instalações hidráulicas, entre outros. É necessário um controle adequado desses insumos para garantir uma gestão eficiente dos custos.
Categoria C: Inclui os insumos de menor valor financeiro em relação ao total da obra. Esses materiais são geralmente de grande volume ou quantidade, mas possuem um valor individual relativamente baixo. Exemplos comuns são areia, brita, tijolos, pregos, entre outros. Embora esses insumos sejam menos críticos em termos financeiros, ainda exigem um controle básico para evitar desperdícios e garantir o suprimento adequado durante a obra.
Exemplo: Vamos considerar um exemplo de uma construção de um edifício comercial. A empresa de construção decide aplicar a curva ABC de insumos para priorizar sua gestão de materiais. Após análise dos dados, os insumos são classificados da seguinte forma:
Categoria A: Estrutura metálica, elevadores, sistemas de ar condicionado central. Esses insumos são de alto valor financeiro e representam uma parte significativa dos custos totais da obra. A gestão cuidadosa desses materiais é essencial para garantir a conclusão do projeto dentro do orçamento.
Categoria B: Revestimentos de pisos e paredes, esquadrias de alumínio, instalações elétricas. Embora esses insumos não tenham um valor financeiro tão alto quanto os da categoria A, eles ainda contribuem para uma parcela considerável dos custos da obra. É importante realizar uma gestão adequada para garantir a qualidade e o controle dos custos desses materiais.
Categoria C: Tijolos, argamassa, tintas, acessórios de banheiro. Esses insumos têm um valor financeiro menor em comparação com os das categorias A e B, mas ainda são necessários para a conclusão da obra. O controle básico desses materiais, como a gestão de estoque e a prevenção de desperdícios, é importante para garantir a eficiência na utilização dos recursos. A curva ABC ajuda a priorizar esforços de negociação nos itens que realmente influem no resultado da obra. A variação de 5 ou 10% em insumo da categoria A pode inviabilizar um projeto, enquanto se fosse na categoria C, muito provavelmente poderia ser absorvido.
A curva ABC pode ser utilizada em um controle chamado "cronograma de SUPRIMENTOS", mas este é assunto para outro post.
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